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Cultura e Identidades

Raça e Organização da Cultura

Imagem: Astolfo Marques (1876-1918), autoria desconhecida

Status: Em Andamento

Sobre o projeto

O projeto Raça e autoridade cultural visa compreender de que maneira os significados de “cor” e “raça” de um determinado contexto histórico marcaram a expressão pública de intelectuais e artistas negros(as) na história do Brasil desde a segunda metade do século XIX até as duas primeiras décadas do século XXI. A investigação tem se concentrado até o momento no período pós-abolição com o fito de investigar se há uma estrutura de sentimentos comum presente na obra de diferentes autores negros que aturam nesse período. Os achados empíricos nos permitiram formular a hipótese da existência de um “nativismo negro” ou “nativismo afro-brasileiro” que consistiria numa estrutura de sentimentos que possibilitou a esses artistas e intelectuais negros pensar e imaginar aquelas práticas culturais de pessoas percebidas e nominadas como “ex-escravos”, “libertos”, “pretos”, “crioulos”, “mulatos”, pessoas socialmente desclassificadas com base na cor e no estigma do cativeiro, enquanto coisas genuinamente brasileiras, e aquelas pessoas como gente nativa do Brasil. Esforço que, com diferentes inflexões e matizes, é notável em outros intelectuais negros e mestiços que atuaram no período pós-abolição, como Manuel Querino (1851-1923), Lima Barreto (1880-1922), José do Nascimento Moraes (1882-1958), José Hemetério dos Santos (1858-1939), além de uma gama de artistas, como Patapio Silva (1880-1907), Eduardo das Neves (1874-1919), Benjamim de Oliveira (1870-1954), Arthur Timóteo (1882-1922), cujos escritos e cuja arte vinculam o sentimento de ser brasileiro às suas origens negras e mestiças. A pesquisa tem nos conduzido a fontes artísticas e literárias pouco utilizadas pelos especialistas neste tema e mesmo desconhecidas do público geral. Assim, vários dos esforços empreendidos consistiam não apenas na realização de artigos e capítulos de livro, mas também na organização e publicação do material coletado, bem como na produção do projeto gargalheira podcast, em que artistas afro-brasileira são entrevistados. O nome gargalheira é uma referência/homenagem à obra de Sidney Amaral (1973-2017) “Gargalheira, ou quem falará por nós”. Kleber Amancio e Matheus Gato são idealizadores do projeto que é uma iniciativa apoiada por CECULT-UFRB, PPGS-UNICAMP, IFCH-UNICAMP, Bitita – Núcleo de Estudos Carolina de Jesus, Grupo de pesquisa História e Cultura Afro-Atlântica

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