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Desigualdades Raciais e Covid-19

Informativo #2 Desigualdades raciais de mobilidade e acesso a serviços de saúde de alta complexidade em São Paulo

Boletim

Resumo executivo

  • No município de São Paulo, usuários do SUS, oriundos de territórios com
    as maiores concentrações de pessoas pretas e pardas, levam mais tempo
    para acessar equipamentos públicos de triagem de pacientes, itens
    centrais nos cuidados de casos graves de covid-19 (Figura 3; Gráfico 1).
  • Os territórios com maior desigualdade no acesso a esses equipamentos
    públicos de saúde são as porções extremas das zonas Leste, Oeste e Norte
    do município, além de uma grande porção da Zona Sul, pouco integrada
    à malha de transporte público. Nesses “superquarteirões” (cf.
    metodologia), a média de tempo de acesso à saúde de alta complexidade
    é de 71,1 minutos.
  • Existem 2008 superquarteirões que concentram os 10% de paulistanos
    mais pobres. Nesses casos, eles demoram 10 minutos a mais do que o
    restante da população da capital para acessar qualquer equipamento de
    saúde (Figura 4). Os superquarteirões com pior acessibilidade são espaços
    majoritariamente periféricos em oportunidades, com grande parcela da
    população dentro dos 20% mais pobres de São Paulo e com as maiores
    proporções de pessoas pretas, pardas e indígenas. (Figura 2, Gráficos 1 e
    2). Os 10% mais pobres, pretos e pardos levam pelo menos 2,36 vezes o
    tempo gasto por moradores de territórios de renda alta e de perfil racial
    predominantemente branco para chegar a um desses equipamentos, o
    que equivale a 1h a mais de tempo de percurso (Figura 2).
  • Os superquarteirões com maior acessibilidade aos equipamentos de alta
    complexidade de saúde são de quatro tipos: 1) hipercentro expandido do
    município de São Paulo, com alta renda, de menor vulnerabilidade social
    e com grande proporção de população branca; 2) os bairros de classe
    média de todas as zonas de São Paulo, que são grandes arcos de transição
    entre o centro e a periferia municipais; 3) alguns bairros das regiões
    periféricas com acesso facilitado a estações de metrô, de trem e terminais
    de ônibus; 4) por fim, os superquarteirões que, por circunstâncias de
    desenvolvimento da estrutura de saúde, foram escolhidos em algum
    momento pela administração municipal para serem sedes de hospitais
    públicos.

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