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Desigualdades Raciais e Covid-19

Informativo #4 População negra e prisão no Brasil: impactos da Covid-19

Boletim

Resumo executivo

  • Este informativo apresenta dados sobre o impacto da pandemia da Covid-19 na população carcerária, bem como as medidas institucionais adotadas para prevenir e conter a disseminação do vírus no sistema prisional brasileiro.
  • A pandemia impôs uma série de desafios ao enfrentamento da doença nas prisões, onde a aglomeração de pessoas e a falta de recursos para a higiene pessoal é a regra. Retrato do racismo no Brasil, a população carcerária – de maioria negra – enfrenta celas superlotadas, úmidas, com pouca ou nenhuma ventilação e iluminação, ambiente propício para a disseminação de outras doenças infectocontagiosas, como a tuberculose, por exemplo. Além disso, a precariedade de dados oficiais sobre o perfil, as condições de aprisionamento e a situação processual das pessoas privadas de liberdade contribui para a ausência de diagnósticos sobre as violações de direitos desse grupo e inviabiliza a produção de políticas públicas.
  • Diante deste contexto, quais as estratégias adotadas pelo poder público para enfrentar a doença no sistema penitenciário? Como as diferentes instituições escolheram intervir, ou não, frente ao avanço da doença na prisão? Como a pandemia impactou os direitos da população carcerária?
  • O levantamento de dados apontou que as medidas tomadas pelos três poderes da federação são tímidas e insuficientes para enfrentar os problemas estruturais e conjunturais promovidos pela pandemia.
  • No âmbito do Poder Executivo federal medidas modestas dividiram a atenção com as declarações do presidente Jair Bolsonaro, que minimizavam os riscos de contaminação e os efeitos desta na saúde individual e coletiva das pessoas. Os padrões mínimos de conduta dirigidos aos gestores prisionais dos estados, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, visando a prevenção da disseminação do COVID-19, não foram suficientes para evitar 100 mortes nos primeiros seis meses de pandemia nas prisões.
  • As medidas implementadas pelo Poder Judiciário também não foram capazes de enfrentar os problemas crônicos das prisões brasileiras. A principal delas, a Recomendação n. 62/2020 do Conselho Nacional de Justiça, encontrou resistência nos tribunais.
  • Durante a pandemia, os dados produzidos pelos estados sobre a disseminação do vírus não seguiram um padrão quanto ao instrumento de coleta, categorizações dos grupos de risco e meios de divulgação.
  • Assim, embora o Ministério da Justiça e Segurança Pública tenha publicado diariamente os números de pessoas testadas, contaminadas e mortas no sistema prisional, não era possível inferir os impactos da propagação do coronavírus sobre grupos específicos (faixa etária, gênero, orientação sexual, raça/cor) de maneira uniforme e sistemática, pois nem todos os estados produziram dados que permitissem esse tipo de desagregação.

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